Da Rota da Seda ao E-commerce
Parte 1
O comércio é uma atividade muito antiga, impossível precisar o seu começo.
As Rotas da Seda formaram a maior rede comercial do mundo antigo. Interligavam o Extremo Oriente a Europa e o norte da Africa. As jornadas eram feitas por caravanas e embarcações oceânicas. As Rotas da Seda ajudaram a desenvolver grandes civilizações, como a China, Coreia, Japão, Pérsia, Índia, Roma e o Egito Antigo.
Passaram muitos séculos até chegar ao comércio complexo e globalizado que vemos hoje. A internet é muito mais jovem, nasceu na época da guerra fria, evoluiu para o mundo acadêmico e logo seria um meio poderoso a ser usado pelo comércio, onde o tempo é diferente e o seu principal recurso é inesgotável e produzido aceleradamente: A informação.
Perceba como o comércio eletrônico evoluiu velozmente nesses quase 20 anos de internet comercial no Brasil. Somente em 1995 a Embratel, na época uma empresa estatal, liberou o acesso privado à internet no Brasil.
Naquele tempo, foi criada uma bolsa eletrônica para as empresas “ponto com”, a Nasdaq. Centenas de empresas nos Estados Unidos já usavam a internet estrategicamente e outras pelo mundo afora davam os seus primeiros passos nessa estrada. No ano 2000 ainda não existiam as redes sociais como conhecemos, nem o oceano de aplicativos, integrações e tecnologias que temos hoje, porém, o e-commerce já apontava para um caminho sem volta e cheio de oportunidades como um novo canal de negócios.
Contudo, algumas leis de mercado não podem ser desprezadas. No início do ano 2000 o mundo dos negócios on-line estava lastreado por uma visão de futuro com muita expectativa e muitos executivos das empresas “ponto com’, estavam mais preocupados em manter os fartos canais de investimentos. Mas faltava o mais importante: o lucro.
Diante desse cenário, em março de 2000 a bolsa Nasdaq alcançou mais de 5000 pontos, chegando ao auge do índice, que logo em seguida desabou e se esvaziou rapidamente, foi o estouro da bolha, chegando ao final do ano 2000, com muitas empresas “ponto com” fechadas ou em processo de venda e fusão.
Mesmo com o fenômeno do estouro da bolha, a internet continuava sendo uma das maiores invenções do século XX e como na natureza, o mercado é seletivo, algumas empresas que sobreviveram se tornaram gigantes como a Amazon e outras. Nascia também uma nova geração de negócios fertilizados pela criatividade, inovação, planejamento e pelas lições dessa travessia.
Cenário atual
Hoje, o e-commerce é uma realidade e o crescimento do mundo digital é o reflexo da vida moderna. Estima-se que em 2016 as vendas on-line alcançarão um faturamento acima de 140 bilhões, o que representa um crescimento nominal de 24% em relação a 2015, segundo estudo do PayPal.
Sem contar que as empresas que atuam no comercio eletrônico brasileiro ainda exploram timidamente o poder dos dispositivos móveis como os smartphones e tablets. As vendas realizadas a partir desses dispositivos, ainda estão em torno de 5% do total de transações no comércio eletrônico brasileiro.
É fato que a qualidade da conexão de internet móvel ainda pode melhorar muito, mas vem se expandindo rapidamente e com a quantidade cada vez maior de smartphones nas mãos dos consumidores, os varejistas on-line precisam melhorar muito os seus aplicativos para crescerem no mundo da mobilidade, onde não há mais o físico e o virtual, mas sim um eco sistema de vendas com a internet conectando todos em qualquer lugar.
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